22 Jun 2023
LIMITES DA FREGUESIA DE CARREGOSA PREOCUPAM PSD
Carla Rodrigues, vereadora do PSD, alertou para o facto da Câmara Municipal de Vale de Cambra ter realizado obras na rede de água e saneamento e na rede viária em zonas dentro da fronteira de Carregosa. A vereadora teme que tais ações possam estar na base de eventuais reivindicações futuras por parte da autarquia valecambrense relativas a territórios oliveirenses.
Carla Rodrigues aproveitou a reunião do executivo camarário que se realizou em Carregosa, na manhã de 22 de junho, para revelar a sua preocupação quanto aos limites da freguesia na zona de Teamonde, Carregosa. “Sabemos que em Teamonde e outros locais de Oliveiras de Azeméis, como em Baralhas [Ossela] existem algumas divergências. Temos, com diplomacia e relações institucionais saudáveis, defender o nosso território”. A vereadora social democrata prosseguir afirmando que “segundo informações que recolhemos, recentemente Vale de Cambra fez intervenções ao nível da rede de saneamento e da rede viária em que ultrapassou os seus limites e entrou em Oliveira de Azeméis. Foram benfeitorias, mas vieram fazê-las naquilo que não é deles. Poderá, de alguma forma, indiciar que no futuro poderão dizer que “quem fez estas infraestruturas fomos nós e então o território é nosso”. Carla Rodrigues deu, ainda, mais exemplo concretos. “Há a questão de quem renova o cartão de cidadão, as pessoas aparecem como residentes de Vale de Cambra, quando na realidade são de Oliveira de Azeméis”.
Joaquim Jorge, presidente da câmara municipal, começou por esclarecer que “logo que assumi funções como presidente da câmara municipal, reuni com o presidente da Câmara Municipal de Vale de Cambra. Percebi que não havia disponibilidade para num quadro de concertação, de razoabilidade, nos entendermos em relação àquilo que nos parece óbvio”. O edil lembrou que “num dado momento chegou a ser aprovado pelas partes, com exceção à Assembleia Municipal de Vale de Cambra”. Joaquim Jorge terminou elucidando que “este assunto está no departamento jurídico da câmara municipal. Vamos fazer um caminho que não me agrada muito. Um caminho de conflitualidade que não me parece que seja um bom indicador de boas relações que têm que existir, mas não havendo possibilidade de nos entendermos, será o que vai acontecer”.