20 Nov 2023
Festival de Imagem do Gerês (IRIS) está dividido em três categorias
O fotógrafo oliveirense João Baptista, natural de Pinheiro da Bemposta, foi distinguido com o 2º lugar na categoria ‘Flora’ no Festival de Imagem do Gerês (IRIS). À Azeméis TV/FM, o fotógrafo, que já tinha estado nos nossos estúdios em 2017, falou da experiência da participação neste festival e a diferença desde a última entrevista.
O 2º lugar no concurso
Naquele concurso, até um quadro de honra é prestigiante. É prestigiante porque o Iris, nestes últimos anos, tem-se colocado a par de alguns dos melhores concursos fotográficos de Portugal. Aquilo que é muito premiado lá, é principalmente a fotografia de woodland, de bosques, que é algo que eu tenho muita dificuldade em fotografar. Foi na altura do Covid que eu acabei por me voltar para a fotografia de interior e descobri as maravilhas que existiam no interior do nosso país, tanto que conhecer Portugal de Norte a Sul é um projeto meu, mas isso é um projeto que eu se calhar quando chegar ao fim dos meus dias não terei conhecido e ter ganho este lugar foi muito bom porque foi ao fim ao cabo ouvir as palavras dos mestres da fotografia de floresta, dizerem, João avançaste, desbloqueaste este novo nível.
O problema dos concursos
Às vezes as pessoas olharem para os concursos como uma métrica do sucesso de um fotógrafo ou da qualidade de um fotógrafo é completamente enganador, tanto que durante muito tempo fiz praticamente uma pausa sabática no que se refere a concursos, porque considero que as métricas de avaliação dos concursos são um bocadinho tóxicas. Não é necessariamente a melhor fotografia que ganha. Às vezes vejo imagens a ganharem certos concursos que são más imagens, mas isso é o que é, é a decisão do júri e nós temos de respeitar tudo.
Seis anos de crescimento
Em relação a 2017 até 2023, as diferenças são algumas, e eu aqui tenho de admitir que não só cresci muito a nível de maturidade fotográfica, e essa maturidade foi muito importante para eu poder chegar um bocadinho ao caminho que estou a iniciar agora, que é o caminho de iniciar a lecionar, mentoria, formação, orientação de outras pessoas que queiram aprender fotografia. Esses seis anos foram um bocado isso, foram uma evolução interna. Portanto, a minha evolução principal baseou-se um bocado na maturidade e na forma de passar conhecimento e na própria forma de ver o mundo.