27 Oct 2022
A ‘Azeméis TV/FM’ acompanhou o evento. Os representantes das empresas oliveirenses pronunciaram-se sobre abordagens e possíveis impactos debatidos durante Plastic Summit.
EVENTO INTERNACIONAL DEBATEU SUSTENTABILIDADE AMBIENTA
A ‘Plastics Summit - Global Event 2022’ decorreu no dia 17 de outubro na Feira Internacional de Lisboa e contou com a presença de várias empresas oliveirenses ligadas à indústria do plástico. Moldoplástico e Joluce, Aspöck, Codil, Simoldes Plastics, Moldit e Polisport foram as empresas que representaram o concelho oliveirense.
O evento reuniu as empresas do setor do plástico, representantes da sociedade civil, organizações não governamentais e oradores ligados à ciência numa série de painéis de debate. O evento foi organizado pela Associação Portuguesa da Indústria de Plásticos (APIP) com o apoio das suas congéneres de Espanha, Brasil e México.
A Azeméis TV/FM cobriu o evento e falou com os representantes das empresas oliveirenses presentes.
Da cimeira internacional resultou também uma ‘Declaração de Compromisso’ que apresenta um conjunto de recomendações, compromissos e estratégias de ação na área legislativa dos produtos, no combate à poluição dos oceanos, rotulagem ambiental, neutralidade carbónica e combate às alterações climáticas.
“A maior parte dos plásticos, tirando alguns plásticos técnicos, são todos 100% recicláveis o que significa que podem ser reutilizados. Se temos a vida que temos muito se deve ao plástico e de um momento acharmos que o plástico já não interessa mais e que o plástico é o responsável por todos os males que acontecem no mundo. Pelo contrário. O plástico é sem sombra de dúvida e continuará a ser um dos elementos imprescindíveis para aquilo que é a nossa vida”.
Carlos Silva, administrador da ‘Moldoplástico e Plásticos Joluce’, Oliveira de Azeméis
“Cada vez mais material com composição de plásticos está a ir parar aos oceanos. Esse é sem dúvida o problema maior da utilização dos matérias plásticos. Isso não é culpa dos materiais, mas sim de quem utiliza mal os materiais plásticos e que no fim de vida quando tem que os descartar, não tem o devido cuidado de os separar e de os colocar em devidas condições para que possam vir a ser reciclado. O contexto geral das abordagens que aqui foram passadas são de sensibilização para os empresários, para as indústrias no sentido de criarem materiais que sejam mais fáceis de serem conduzidos para fins que evitem esta má utilização.
Nuno Gonçalves, diretor de operações Aspöck, Cucujães
“Uma pessoa como eu que representa uma empresa transformadora de plástico, vem à procura de encontrar respostas. Poderão advir deste tipo de eventos, eu acredito que sim. No entanto falamos aqui muito da teoria, muita demagogia à volta do tema, quando é importante efetivamente agirmos. A Codil é uma empresa que está muito preocupada com esta questão e posso dizer com toda a certeza que tem dado alguns passos nesse sentido e que é um bom exemplo. Uma série de coisas que foram aqui debatidas como sendo importante fazer a Codil já as faz”.
José Amorim, área comercial Codil, Fajões
“O facto de este evento ter contado com vários profissionais com experiência em diferentes setores da cadeia da indústria dos plásticos, a sua visão e experiência permite-nos sempre colher ideias que poderão vir a ser implementadas. No caso concreto da Simoldes, a temática da sustentabilidade e da neutralidade carbónica em torno dos plásticos aplicados na indústria automóvel não é nova, as principais questões em torno destas temáticas estão a ser alvo de estudo há já algum tempo.”
Jaime Monteiro, gestor de pesquisa e desenvolvimento da Simoldes-Plastics, Oliveira de Azeméis
“Acredito que as empresas produtoras primárias de plástico tenham recolhido informações importantes no que diz respeito ao futuro desta indústria e dos desafios que irão enfrentar. Se queremos ter um futuro sustentável, limpo e promissor, teremos de adotar novas práticas que nos permitam ao mesmo tempo cuidar do nosso planeta, mas também garantir o sucesso das indústrias”.
Carlos Sousa, gestor de projetos, Polisport, Carregosa
“É importante que todos estejamos juntos, mostrarmos a força do nosso sector e que não temos medo de falar de plástico, queremos construir pontes, criar soluções para termos um mundo mais sustentável e uma indústria mais verde e capaz de criar produtos mais amigos do ambiente. O fim de vida dos produtos é essencial porque se quisermos promover uma verdadeira economia circular temos que saber separar melhor, temos que saber recolher melhor os resíduos para podermos ter melhor material reciclado para alimentar melhor as nossas indústrias”.
Amaro Reis, presidente da APIP em declarações à Azeméis TV