7 Nov 2022
RUI CÂNDIDO, COORDENADOR REGIONAL DO SINDICATO À AZEMÉIS TV
Rui Cândido, coordenador regional do sindicato dos funcionários judiciais, em entrevista especial à Azeméis TV/FM, comentou a possível deslocação dos Juízos de Execução e Tribunal de Trabalho para outro concelho. Dando a sua opinião e explanando a vontade de todos os funcionários judiciais, que, segundo o mesmo, são contra esta possível deslocação destes serviços judiciais.
O descontentamento generalizado “Tomamos conhecimento dessa intenção por parte da tutela em poder deslocalizar os Juízos de Execução e o Tribunal do Trabalho para concelhos limítrofes e em função de uma auscultação prévia que nós efetuamos junto dos funcionários judiciais, que alberga oficiais de justiça e no caso aqui de Oliveira de Azeméis três assistentes operacionais.
Verificamos que havia um grande descontentamento por parte dos mesmos, e decidimos formalizar através de um plenário, onde tivemos a presença de cerca 98% dos funcionários judiciais do núcleo de Oliveira de Azeméis, o que resultou de uma total discordância com a possível deslocalização dos serviços judiciais.”
RUI CÂNDIDO, coordenador regional do sindicato dos funcionários judiciais
As diferentes razões para serem contra “A deslocalização acarretaria grandes prejuízos de ordem pessoal, financeira e profissional. Atualmente, não temos transportes regulares que permita, por mais pequena que seja a distância, efetuar esse deslocamento facilmente. Obviamente isso acresce custos, para além do tempo que é despendido. E ainda há outra questão que é, as pessoas concorreram para Oliveira de Azeméis, têm aqui as suas vidas estabelecidas e essas pessoas contam com a esperança de permanecerem aqui em Oliveira de Azeméis.”
Apelo ao bom senso “A tutela já tem conhecimento do resultado do plenário, da manifestação legitima e obviamente que nós estaremos atentos a todos os desenvolvimentos, e faremos de
tudo para que haja o bom censo e haja a possibilidade, que existe, de manter aqui esses serviços judiciais. (…) Se existe um edifício do Ministério da Justiça parece-me de óbvia expectativa que se invista, com as vantagens e as desvantagens que daí possam vir, que é a manutenção dos serviços, que é a possibilidade de instalar lá outro serviço, a manutenção da conservatória
e, com tudo o que isso implica de bom para a comunidade. Os Juízos de Execução está subjacente a execuções à população, e o Tribunal de Trabalho tem haver com relações laborais, com o tecido empresarial. Em reunião verificamos que Oliveira de Azeméis é um concelho incomparável em termos de população e de tecido empresarial comparativamente a outros concelhos limítrofes, tanto a norte como a sul. Portanto, no caso do Juízos de Execução estamos num concelho que em termos de população é incomparável aos demais, obviamente que faz sentido manter estes dois serviços. O cidadão deve ter a noção de que ter uma justiça próxima é uma mais valia e se efetivamente nós acharmos que isto não nos vais causar grande prejuízo, com o passar do tempo vamos percebendo que vamos começando a ficar mais vazios e quando tivermos um problema temos de nos deslocar.”